Embora seu conceito não mude,
Espero que você não me julgue porque eu,
Jamais vou te julgar.

(Forfun - Siga o Som)

- Tanta gente veste a ideia de 'liberté' e vive julgando de calçado a camisa dos outros. Sorte que hipocrisia não mata.

 

 Pablo M.

Ilha Esquecida

- Tem alguem aí me ouvindo?

Não sei, acho que não mas, mesmo assim tenho que tentar.

Me chamo Pablo, só Pablo mesmo, estou preso numa ilha faz apenas dias, pelo menos o calendário teima em me dizer isso mas desconfio que seja mentira, porque o sofrimento que paira no ar deste lugar faz parecer meses.

Fui lançado aqui por eu mesmo, sei que é estranho, mas quando estava por aí em terra firme, não me avisaram que quando a gente ama uma pessoa, não devemos fazer nada que possa nos levar a perdê-la.

Acontece que eu, que já tinha ouvido falar nisso, não acreditei e adivinhem? Vim parar aqui.

Agora estou tentando gritar a quem quiser ou puder me ouvir, me ajudem.

Digam a ela, a minha amada, que peço perdão e que ela não esqueça o que eu fiz, mas pese os sentimentos.

Não é certo que se deixe de lado o amor, quem mora nessa ilha aprende muito sobre o valor desse sentimento.

Diga por favor a ela, que eu a amo e que sofro todos os segundos e até frações dessa unidade de tempo, por não tê-la ao meu lado agora.

Diga que fui fraco, mas agora sou forte, diga que fui criança mas agora sou um homem, diga-lhe que fui um carrasco mas agora sou jardineiro.

Vou narrar um pouco do lugar, onde agora estou vivendo de certa forma porque quis:

Vejo por aqui vários esqueletos, pessoas que morreram sem que ninguém os tivesse ouvido, temo pela minha vida.

Vi alguns poucos escritos em arvores e, em algumas cabanas agradecimentos e mensagens de apoio do tipo:

"Sobrevivi, me escutaram"; "Força, confie, você vai sair daí melhor do que entrou" e as vezes que choro, enxugo minhas lágrimas lendo esse tipo de coisa, o ruim são os corpos sabe? Tem muito mais esqueletos que mensagens positivas aqui e isso me dá medo, medo de virar um esqueleto esquecido.

O mais tenso de tudo isso é que antes que a unica pessoa que pode me salvar deste lugar tem que primeiro, se erguer de uma dor mais intensa que a minha, que fica em outra ilha, ainda mais escura e nefasta, e ela só pode sair de lá sozinha, - no máximo escutar sussurros meus-.

Hoje eu, que nunca acreditei em um Deus, ou em uma força maior, e por esse motivo nunca pedi seu auxílio nem quando estava doente, beirando a morte, rezo.

Peço a Deus, que se puder entregar esta carta ao meu amor, peça a ela que venha até aqui.

Vou lhe passar as instruções!:

Pegue a balsa que fica do lado mais nebuloso da ilha que já é nefasta, para chegar lá, não se preocupe, pois há vários caminhos, uns mais curtos, outros mais longos porém quem deve escolher o melhor caminho é você.

Cuidado que para pegar a balsa que a trará até aqui, deverás nadar um quilômetro em mar aberto, infelizmente sujeita a tubarões e outros seres estranhos que habitam o mar de lá.

Após chegar a balsa, que já está bastante gasta, não fique tranquila pois o caminho é escuro e há animais muito perigosos no caminho que liga as duas ilhas.

Após o dia, que virou noite na viagem, avistarás a ilha onde estou. A neblina é natural, não se assuste, estarei de pé, ao pé do monte mais verde que conseguir ver, mesmo estando nesta ilha estarei sorrindo, tenha certeza.

A saída da minha ilha é mais calma, uma vez estando juntos estaremos seguros, e pelo que ouvi falar e ler, no momento do nosso beijo tudo que era negro ficará em diferentes tons de azul e verde.

Ainda mais que isso, os animas estranhos no mar se revelarão lindos golfinhos, os morcegos que antes escutávamos, seriam na verdade bem-te-vis que agora, ao nos ver, voam ao nosso redor e de tempos em tempos, pousam sobre nossos ombros.

Tudo é belo, na ilha que antes parecia a olhos mal treinados, um limbo de solidão.

Agradecerei eternamente a pessoa que fez isso por nós, em troca prometo em meu nome fazer esta ilha nunca mais ser habitada. Nem por mim nem por minha amada, e a quem escutar conselhos sobre como este lugar é ruim e difícil de se viver.

O caminho é difícil, mas é simplesmente para que os fracos e os não merecedores da felicidade, fiquem pela estrada que é longa e dura de superar mas que depois se transforma em felicidade e em calma espiritual.

Escrito por: Pablo Medeiros.

A cada estação, um amor diferente
a vida é assim, não importa desejo,
o coração é independente

Cada vez que vem, parece o primeiro não é?
Um dia a gente aprende, um dia a gente aprende,
um dia a gente aprende.
Aprende que ser gente grande é estar em dois mundos
o das responsabilidades nos deixa mais sério, duro,
mas o amor nos faz sentir com 16 novamente
toda vez, de repente.
as vezes querendo gostar, a gente ignora
e querendo ignorar, gosta
ninguem manda em coração, um dia a gente aprende.

No olhar inocente
se reconhece a chama do novo sentimento,
ouvir o nome de quem a gente gosta é o mesmo que abrir uma porta,
com a imaginação, e sem querer nos transferimos pro lado de quem
a gente não tem certeza se nos quer.
É o sentimento adolescente,
a incerteza evidente, que move a gente.

Pablo Medeiros.

Uma pessoa aqui, agora.
Como eu estaria? Sorrindo boca, olhos e alma.
Peça perdida, convivo com a ferida,
Sorriso por favor não reflita, o que minha alma quer mostrar.

Pablo Medeiros.

Sou, antes de tudo, um super valorizador de mim mesmo.
Aprendi que se você não se valorizar, ninguém o fará.
E partindo deste princípio a melhor pessoa do mundo,
e também a mais importante é você mesmo.
Sendo assim, não se rebaixe nem supervalorize ninguém.
Ninguém é tão bonito que você não mereça,
Nem tão importante que você não viva sem.


Pablo Medeiros

-

Mais difícil é olhar de lado, te ver e não poder te beijar.
Ficar sem você é impossivel pra mim.

Pablo Medeiros.

-

A vida não se resume só em acreditar muito naquilo que se quer,
nem tudo na vida depende da gente.
Nos falta aprender isso para que possamos ser pelo menos,
um pouco mais felizes.

Isso também não significa que devamos desistir das coisas.
Só que temos que saber a hora em que acabou,
a hora em que já não está mais em nossas mãos.

Pablo Medeiros.